O clássico foi promovido como BaVi da paz, mas infelizmente, houve guerra e não foi de gols.
O JOGO ATÉ A CONFUSÃO
No começo do primeiro tempo o Bahia assustou o torcedor
rubro-negro, mesmo no Barradão, pressionava mais e criava as melhores chances.
Aos 15 minutos o Vitória chegou com Kanu, que recebeu um lançamento longo do
goleiro Fernando Miguel, na sequência, Neilton pegou a sobra, mas mandou por
cima do gol. A partir de então, os donos da casa foram melhores, e aos 33
minutos abriu o placar com gol de Denílson.
O Bahia não conseguiu reagir ainda no primeiro tempo, porém,
como na primeira etapa, começou bem após o intervalo e aos 4 min teve um
pênalti a favor, cobrado e convertido por Vinícius, e daí vem a briga...
O COMEÇO DA BRIGA
Pênalti convertido, vem a provocação e a briga. Vinícius
comemorou o gol dançando de frente para a torcida do Vitória. O goleiro
rubro-negro, Fernando Miguel, foi o primeiro a ir tirar satisfação com o
jogador, mas quando os companheiros de equipe começaram a agredir fisicamente o
autor do gol, Fernando tentou protege-lo com o braço, mas sem sucesso. Em pouco
tempo o número de jogadores dos dois times envolvidos na confusão só cresceu.
CHUVA DE CARTÕES
A briga gerou 4 cartões vermelhos (Edson, Rodrigo Becão,
Vinícius e Lucas Fonseca) e um amarelo (Anderson) para o time do Bahia, e três
vermelhos (Kanu, Denilson, Rhayner) e um amarelo (Fernando Miguel) do Vitória.
A VOLTA DA PARTIDA
Quando a confusão foi cessada e a partida retomada, o Vitória
não escondia o descontentamento em estar atuado com um jogador a menos. Aos 32
minutos foi expulso Ulllian Correia e aos 33 Bruno Bispo, ambos já tinham
cartões amarelos. Como o Vitória só contava com 6 jogadores em campo, a partida
teve que ser finalizada.
A TORCIDA APOIANDO
No calor do momento, o torcedor que segundos antes foi provocado
por Vinícius, parecia sentir-se vingado com a confusão, a torcida cantava
enquanto os jogadores do Vitória cercavam o meia tricolor. Kanu, que atingiu
Vinícius com socos, foi ovacionado pela torcida.
A torcida aprovou também a atitude de forçar a quinta
expulsão e comemorou como vitória o “fim” da partida.
PÓS-JOGO
Os dois técnicos deram coletiva e falaram sobre o ocorrido,
mas a “culpa do adversário” prevaleceu. Hoje o Vitória postou nas suas redes
sociais uma nota repudiando o ocorrido e afirmando que não há justificativas
para o ocorrido.
TÁ TUDO ERRADO!
O futebol por vezes tem deixado de cumprir o seu papel de
trazer alegria por episódios como este. Estão errados os jogadores que em tempo
como este, onde precisamos de paz nos estádios, onde as arquibancadas vêm
deixando de ser lugar de euforia saudável, não dão exemplo, e trazem a guerra para
um jogo que poderia ter terminado em paz. Está errado o jogador, seja ele qual
for, que não souber em seus atos a diferença entre provocação e desrespeito, e
também aquele que não percebe que revidar com a bola em jogo é a melhor saída.
Estão errados os técnicos e dirigentes que buscam em suas
coletivas apontam culpados, que claro, sempre estão do outro lado, como também
quem induz o fim do jogo, novamente, seja quem for. O torcedor pagou para ver o
clássico, e infelizmente, viu apenas uma fração, pouco mais da metade.
Os torcedores também não escapam. Sequer pensaram que a
confusão estaria prejudicando o time? Afastou-se da liderança, será julgado
pelo ocorrido, terá 5 desfalques na próxima partida... Mas o mais importante
ainda é agredir-se uns aos outros? O mais doloroso de ontem foi ver o apoio da
torcida.
Tá tudo errado! E se procurarmos um só culpado para episódio
de ontem, estaremos nós mais errados ainda. Ao final de tudo o que podemos dizer ao certo é que não houve vencedor, o "empate parcial" foi esquecido e o futebol anulado. Que prezemos sempre por clássicos com mais cores!
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