quinta-feira, fevereiro 13, 2020

COPA DO BRASIL: CONFIRA O DESEMPENHO DOS TIMES NORDESTINOS NESTA SEMANA

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Doze nordestinos entraram em campo nesta semana pela Copa do Brasil. Com duelo de nordestinos em apenas dois jogos, apenas quatro equipes conseguiram a classificação: Vitória, Botafogo- PB, Náutico e Ceará.  
As partidas foram válidas pela primeira rodada da competição. O regulamento determina que, nessa fase, os visitantes joguem com vantagem do empate. Porém, na próxima fase, em caso de empate, a decisão será realizada nos pênaltis.
Confira abaixo o placar dos jogos e os próximos adversários dos classificados.

Nordestinos que se enfrentaram

IMPERATRIZ 0X0 VITÓRIA, o time baiano se classificou e vai enfrentar o vencedor de Lagarto x Volta Redonda;
ATLÉTICO DE ALAGOINHAS 0X0 BOTAFOGO-PB, a equipe paraibana tem como próximo adversário o Vitória, do Espírito Santo, que eliminou o CSA na semana passada.

Nordestinos como mandantes

ALTOS-PI 1X1 VASCO DA GAMA;
FREI PAULISTANO-SE 1X2 REMO;
CAUCAIA- CE 1X2 SÃO JOSÉ-RS;
CAMPINENSE 0X0 ATLÉTICO-MG.
(Todos os mandantes eliminados)

Nordestinos como visitantes

ÁGUIA NEGRA 2X1 SAMPAIO CORREA, tricolor maranhense eliminado.
TOLEDO-PR 0X2 NÁUTICO, a equipe pernambucana vai enfrentar o Botafogo na próxima fase.
BRUSQUE 2X1 SPORT, rubro-negro pernambucano eliminado.
BRAGANTINO-PA 1X2 CEARÁ, classificado, o Vozão vai enfrentar o Oeste.

Na semana passada, América-RN e Bahia de Feira também garantiram vaga na próxima fase.  
quinta-feira, janeiro 23, 2020

Juazeirense joga melhor, mas fica só no empate diante do Bahia

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Foto: Felipe Santana / Divulgação / EC Bahia

Ontem (22) foi dia de estreia para Juazeirense e Bahia. A primeira rodada do estadual veio com gosto diferente para cada uma das equipes. Enquanto o Bahia divide a atenção com a Copa do Nordeste, e em menos de um mês, dividirá também com a Copa Sul-Americana, o calendário da Juazeirense para este ano se resume no Campeonato Baiano.

Assim, o Cancão de fogo se preparava para a partida com força máxima, enquanto o Tricolor de Aço entrou em campo com um elenco de aspirantes. Na partida disputada no estádio Adauto Moraes, foram os donos da casa quem mostraram mais disposição desde o primeiro tempo.

A Juazeirense criou mais chances, finalizou mais, porém faltou precisão. E quando o gol veio no começo da segunda etapa, dos pés do volante Jhonata, logo foi abafado pelo pênalti a favor do Bahia. A cobrança convertida em gol deixou o placar igual para os dois lados. E mesmo sendo estes os únicos gols da partida, o ritmo foi agitado durante os 90 minutos.

Os dribles de El Carlos, cuja desempenho em campo foi destacável, o lençol de Clebson em Edson, animaram o torcedor juazeirense. Mas o ponto conquistado e a posição na tabela ainda representam pouco do que será o ano extenso do Bahia e focado da Juazeirense.
                                                  
quinta-feira, junho 13, 2019

SEM BODE EXPIATÓRIO: O VAR ERROU, MAS NÃO FOI O ÚNICO

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IMAGEM DA ASSESSORIA DE IMPRENSA DA CBF


A seleção feminina do Brasil conheceu sua primeira derrota na Copa do Mundo. De virada, perdeu para a Austrália por 3x2. Após a partida, a revolta com o árbitro de vídeo foi grande por parte das jogadoras e da comissão, Marta chegou a afirmar que “quebraria o VAR”. A pergunta que fica diante dos acontecidos até aqui: é mesmo para tudo isso?

O Brasil não começou a Copa como favorito, não se tornou favorito ao vencer a estreante Jamaica e não é favorito hoje. Talvez a vitória por 3x0 tenha dado um pouco de ânimo a torcida, mas não dá para negar que tecnicamente era o adversário mais frágil do grupo. Mas ao ver outras equipes como França e Estados Unidos, somos obrigados a reconhecer que falta mundo para apresentarmos um futebol deste nível.

Hoje as brasileiras surpreenderam no primeiro tempo. Mesmo não tendo a posse de bola, tiveram mais chances de gols e fizeram o principal: converteram mais chances em gols. O pênalti dessa vez foi convertido com a categoria da melhor do mundo, que se igualou ao alemão Klose como maior artilheira de Copas do Mundo. Cristiane, forte candidata à artilharia da competição, de cabeça marcou o seu. Já nos acréscimos tomou um gol que colocaria à prova o psicológico da equipe para os últimos 45 minutos.

Marta e Formiga voltaram do intervalo direto para o banco, duas substituições compreensíveis, por questões físicas. Logo aos 12 min o Brasil viu a Austrália empatar o jogo com a meia Logarzo. Uma bola defensável que cruzou a linha do gol e fez as australianas lutarem ferozmente pela vitória. A partir daí o jogo foi delas. A virada veio num gol contra, e é preciso reconhecer que a atacante Kerr estava em posição de impedimento, mas não interferiu no lance, como também é justo reivindicar o pênalti não marcado a favor do Brasil no final do jogo.

O problema é que o saldo final do jogo não pode ser “Andressa foi puxada”, por mais que tal fato tenha sido tão claro. O Brasil não soube administrar a vitória parcial, sentiu muito a ausência de Marta, Formiga e Cristiane, sentiu mais do que deveria. Essa dependência não deveria ser tão extrema, a qualidade e experiência dos medalhões deve ser unida ao vigor e também à qualidade das mais novas. Enquanto a relação não se equilibra, não tem como haver estabilidade de desempenho.

Então o Brasil não pode ganhar a Copa? Pode! Mas terá que surpreender, jogo após jogo. E com essa derrota, na primeira fase, precisará contar com uma combinação de resultados que o ajude. Um pouco de sorte, e MAIS um pouco de FUTEBOL.

domingo, junho 09, 2019

JUAZEIRENSE E BAHIA DE FEIRA SE CLASSIFICARAM PARA A SEGUNDA FASE DA SÉRIE D DO CAMPEONATO BRASILEIRO

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As duas equipes conquistaram a classificação no segundo tempo da última rodada da fase de grupos. Por outro lado, Jacuipense e Fluminense de Feira alcançaram tal feito com uma rodada de antecedência.


- CANCÃO DE FOGO MARCA NO FIM E AVANÇA
Jogando em casa, a Juazeirense não teve vida fácil contra o já eliminado Interporto. As duas equipes tiveram várias chances de abrir o placar no primeiro tempo, mas não obtiveram sucesso. Aos 39 do segundo tempo, em um rápido contra-ataque, Jean foi lançado, infiltrou bem na área e abriu o placar. Numa partida bastante equilibrada, a equipe baiana conseguiu o triunfo que precisava e terminou a fase de grupos na segunda colocação com 11 pontos, 2 a menos que o líder Itabaiana.


- BAHIA DE FEIRA CEDE AO EMPATE NA ETAPA INICIAL E DECIDE NO SEGUNDO TEMPO
Ao tricolor de Feira também só interessava a vitória. E já aos 9 minutos Cazumba abriu o placar numa belíssima cobrança de falta. Ainda na primeira etapa, aos 37, Iury Martins aproveitou o vacilo da zaga do Tremendão para deixar tudo igual.  Mas o segundo tempo foi do Bahia de Feira, novamente aos 9 minutos, Cazumba teve uma falta outra falta para cobrar próximo à área, dessa vez optou pelo chuveirinho, e Ebinho subiu mais que todo mundo para mandar a bola para o fundo da rede. A classificação foi sacramentada aos 45 min com o gol de Cedric. Com o resultado, o Bahia de Feira terminou a primeira fase na segunda colocação com 10 pontos, 4 a menos que o América-RN.


- QUAIS OS PRÓXIMOS ADVERSÁRIOS?
As quatro equipes baianas já conhecem seus adversários para a próxima fase. A Jacuipense enfrentará o Central e o Fluminense de Feira, o Salgueiro. Ambos decidem em casa. O Bahia de Feira e a Juazeirense serão visitantes na partida de volta e enfrentarão o América-RN e o Patrocinense, respectivamente.



quinta-feira, maio 30, 2019

ROGÉRIO CENI E UM TRICOLOR, É A RECEITA DO SUCESSO?

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No São Paulo ele foi campeão de tudo. Não, não é exagero. Na história de Rogério Ceni com o São Paulo Futebol Clube não há espaço para “quase”. Tricampeão paulista, tricampeão Brasileiro, bicampeão da Libertadores da América e do Mundial de Clubes. Ainda cabem nessa lista duas Recopas, o Torneio Rio-São Paulo de 2001, a Copa Sul-Americana de 2012... Tá, você entendeu, né? Também é válido salientar o papel de liderança, a relação de respeito com a torcida e o posto de goleiro artilheiro, com direito a record mundial, 132 gols. Tudo isso fez dele ídolo do tricolor paulista. Fez de ROGÉRIO CENI, O MITO.

Mas toda história, por mais feliz e romântica que seja, tem suas páginas de luta, sem muitas alegrias... Foi no tricolor paulista o primeiro trabalho de Ceni como técnico. Assinou em dezembro de 2016 e estreou em janeiro de 2017. Logo conquistou o primeiro título como técnico, o Torneio Flórida Cup, amistoso de início de temporada, nada tão grandioso para o clube ou para ele próprio. Em julho do mesmo ano se encerraria o vínculo, sem glórias maiores, contudo, sem qualquer ameaça de mácula a sua imagem como ídolo. Em novembro do mesmo ano assinou com Fortaleza por um ano. E ali começavam páginas mais promissoras da nova fase. 

Em menos de um ano e meio à frente do tricolor cearense, campeão da série B, campeão do estadual, campeão do regional. Campeão da Copa do Nordeste! O maior torneio regional do país. Título inédito diante de um adversário aguerrido. Dono da melhor campanha, o Botafogo-PB chegou na final invicto. Por sua vez, o Fortaleza só tinha uma derrota, justamente para Belo, na terceira rodada da fase de grupos. Então o Leão pagou em dobro, devolveu duas vitórias de igual placar, mas na final. ERGUEU A TAÇA E SOLTOU PELA PRIMEIRA VEZ O GRITO DE CAMPEÃO DO NORDESTE.

Wellington Paulista fez os gols dos dois jogos, mas seria injusto atribuir o triunfo a ele. Boeck fechou o gol, Marcinho e Romarinho foram decisivos na semi. Isso sem falar nas boas partidas de Osvaldo, Edinho, Dodô... Foi uma conquista do grupo. De um grupo corajoso, que não entra em campo para empatar, de um grupo bem orientado, que faz rodízio de jogadores, mas sabe equilibrar as competições. O que mais me admira na postura de Rogério Ceni como técnico é justamente a coragem. Como ele mesmo disse antes do jogo contra o Santa Cruz, armando os times mais ofensivos possíveis. Um ex-goleiro que acredita e prova com sua proposta em campo que a melhor defesa é um meio de campo bem articulado com o ataque.

E para quem apostou antes mesmo do Brasileirão começar que o Fortaleza iria cair, cuidado. Agora ROGÉRIO CENI é a marca de outro TRICOLOR.



segunda-feira, maio 20, 2019

CORINTHIANS, MARCINHO E O BRASILEIRÃO

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MARCINHO FOI O DESTAQUE DA RODADA


A quinta rodada do campeonato brasileiro teve uma abertura promissora, um sábado de três jogos e doze gols. A goleada que o Palmeiras aplicou sobre o Santos, além do bônus de prestígio por se tratar de um clássico, vem com a autoridade da liderança. O 4x1 do Fluminense sobre o Cruzeiro foi ainda mais impressionante. O clube carioca tem oscilado no campeonato, até o momento, são três derrotas e duas vitórias. Duas GIGANTES vitórias. Já duelo entre Atlético-MG e Flamengo, cumpriu a promessa de ser um jogo disputado, decidido no detalhe, na precisão de Chará.

Um sábado de muito futebol, de bom futebol. No domingo a média de 4 gols por partida não se manteve, mas o que faz o futebol brasileiro ser o que ele é, estava lá. ATHLÉTICO PARANAENSE X CORINTHIANS foi a prova disso. O Furacão estava bem melhor na partida, criava as melhores chances até VAGNER LOVE marcar o autêntico gol de centroavante, aquele que está na hora certa, no lugar certo e manda a bola da maneira certa, neste caso, caindo morta do lado oposto ao do goleiro que se deslocava para acompanhar a jogada. E não é só de imprevisibilidade que estamos falando. O Corinthians recuou como podia e como não devia, entrou a bola para os donos da casa para arriscar apenas nas mais remotas chances. As CRÍTICAS de torcedores e comentaristas vieram (e com razão), porém, aos 41 minutos do segundo tempo, Pedrinho emenda de cabeça o CHUTÃO que Fagner manda da intermediária e marca o segundo dos visitantes. E AGORA? QUEM EXPLICA?

O sobe-desce da tabela, o favoritismo de muitos times ao título, sim tudo isso prende a atenção do torcedor. Mas são o inesperado e o inexplicável que fazem a gente levar este esporte tão à sério. O futebol consegue ser mais injusto do que muitos esportes, e de algum modo isso nos envolve. O Athlético criou mais, chegou até a marcar dois gols, ambos com impedimentos assinalados pelos assistentes e confirmados pelo VAR. O futebol é inconstante, por isso também é justiça e revelação. O Fortaleza foi outro visitante feliz, venceu a Chapecoense de virada por 3x1. Dois dos três gols do Leão foram marcados por Marcinho, que foi destaque no acesso à série A, serviu Romarinho no gol da classificação à final da Copa do Nordeste, e que busca espaço na equipe titular. E como esquecer dos desafetos entre Ney Franco, técnico da Chapecoense, e Rogério Ceni, técnico do Fortaleza, quando eram, respectivamente, técnico e goleiro do São Paulo? O cumprimento no começo do jogo quebrou o “climão”. Mas a vitória não teria um sabor especial para o ex-goleiro? Futebol é continuidade.

Além de tudo isso, poderíamos ainda falar da difícil missão de Vanderlei Luxembrugo no comando do Vasco, do “descaso” de Renato Gaúcho com os resultados do Grêmio na competição, poderíamos supor o quanto a tabela mudará nas próximas duas, três rodadas... Poderíamos tentar cravar o campeão, os classificados para a Libertadores e os rebaixados. Mas é bom que estejamos preparados para nos surpreender a cada rodada. Na verdade, nunca estamos. Melhor ainda.  
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                     

sábado, maio 18, 2019

EM GOIÁS, JUAZEIRENSE PERDE DE VIRADA PARA APARECIDENSE

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Cancão de Fogo tem sua primeira derrota na série D, perde a primeira posição do grupo e pode terminar a rodada na terceira colocação.


O jogo já começou muito bom. Apesar do 0x0 no primeiro tempo, as duas equipes criaram muitas oportunidades. A melhor delas foi dos donos da casa, aos 26 minutos, Rodriguinho cabeceou e Gleibson impediu o gol com uma grande defesa. Do lado baiano, as melhores chances na primeira etapa foram na bola parada.

O segundo tempo foi ainda mais quente, a Aparecidense manteve a posse de bola durante os primeiros minutos, porém, num contra-ataque puxado por Nino Guerreiro, que até então estava sumido na partida, saiu o primeiro gol da partida. Bola alçada na área, Toni Galego, de cabeça, mandou no cantinho. Aparecidense 0x1 Juazeirense.

A reação não tardou, quatro minutos depois, aos 15 da segunda etapa, em uma jogada trabalhada pelo lado esquerdo, o time goiano insistiu, tocou a bola até deixar Rodriguinho de cara para o gol. Sozinho, o atacante não deu chances ao goleiro do Cancão. Aparecidense 1x1 Juazeirense. Vale destacar que o autor do gol já tinha rendido muito no primeiro tempo, além do lance já mencionado, ele deu muito trabalho à defesa adversária, na maior arte das vezes, como no lance do gol, pela esquerda.

1x1, um ponto fora de casa deixava a Juazeirense ainda na liderança. O placar era aceitável, não para o mandante, não para Rodriguinho. De novo ele, para se consagrar como o nome do jogo, para tomar a ponta do grupo, aos 29 minutos, Aparecidense 2x1 Juazeirense. E para quem gostou do ritmo da partida, a próxima rodada promete. As equipes se enfrentaram novamente no próximo sábado (25) no estádio Adauto Moraes.



- E A TABELA, COMO FICA?

Para fechar a terceira rodada do grupo A9, o Interporto receberá o Itabaiana no Estádio General Sampaio na segunda-feira (20) às 20:15h. Caso o time sergipano vença, empata em número de pontos com a Aparecidense e empurra a Juazeirense para a terceira colocação. Por outro lado, se o Interporto conquistar sua primeira vitória, terá os mesmos 4 pontos da Juazeirense, e a colocação será definida pelo saldo de gols.




segunda-feira, maio 13, 2019

CASO SIDÃO: OS ERROS DE TODOS

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SIDÃO é assunto em alta no futebol nacional, da forma que nenhum jogador gostaria de ser: humilhado. Todos procuram culpados, mas a grande tristeza do domingo de futebol foi ocasionada não por um ÚNICO erro, mas por uma junção de falhas, às quais todos estamos vulneráveis. Para não ser este texto mais um erro e provocar estragos ainda maiores, busquemos fazê-lo da forma mais analítica possível, sem exagerar na dose de julgamentos para não beirar a hipocrisia.

Talvez a maioria de nós não considere o Sidão um excelente jogador. Normal, mais da metade dos jogadores de futebol que conhecemos não são excelentes. Talvez a maior parte da torcida vascaína não tenha aprovado a contratação, o que também é normal. Quantas contratações do seu time você reprova todos os anos? Algumas com razão, outras te surpreendem... Sidão errou feio no primeiro gol do Santos, dando a margem a críticas de torcedores. Mas sejamos francos, até Martín Silva, um dos poucos, senão o único jogador do Vasco nos últimos anos que merece o status de ídolo, errou feio em algumas ocasiões. E nem ele escapou das cobranças.

O problema gira em torno de como as coisas aconteceram. O troféu foi usado como uma forma de protesto ou até de ironia de torcedores adversários. O formato da seleção proporcionou a brincadeira de mal gosto, o que não era seu problema mais nítido. Colocar torcedores para escolher o melhor em campo é meramente uma forma de mostrar que a voz do telespectador importa. Quase nunca as escolhas correspondiam ao desempenho dos jogadores na partida, e não poderia ser diferente disso, torcedor age com o coração (dentro de certos limites, não há problema nisso). A Globo reconheceu o erro e resolveu fazer mudanças no troféu. Que bom. Também reconhece o principal erro: A ENTREGA DO TROFÉU. Sim, esse momento poderia ter sido evitado. E por mais que as coisas aconteçam rápido demais em um final de jogo, às vezes é preciso ter a sensibilidade de quebrar alguns protocolos. Que não se repita.

O resultado da enquete foi estimulado por algumas publicações de uma página no Facebook. E em um momento que discutimos a existência de um limite para o humor, o fato aponta para uma resposta: A DIGNIDADE HUMANA. Não a ferir deve ser o limite. E por mais difícil que tenha sido ver a reação do goleiro do Vasco ao ser “premiado”, vamos parar e refletir: será que não entraríamos numa brincadeira como essa? Quão fácil é clicar num link, seguir a onda e ser engraçado. Muitos que votaram nele devem estar arrependidos agora, assim como inúmeros que estão julgando, talvez tivessem participado da zoeira no calor do jogo. O fato só reflete como ainda não nos damos conta da força dos atos "virtuais". Melhoremos!

Sidão errou e não esperou elogios, não esperou ser premiado porque não merecia. Acima de tudo, não merecia tamanha ironia. Foi GIGANTE em educação mesmo recusando o prêmio, é preciso dar ênfase a isso. Em entrevista a Rádio Jovem Pan, disse que foi o pior dia de sua vida, pois estava com o nome da mãe na camisa. A sua dor é ainda mais nossa depois dessa declaração. Somos muitos comovidos e mostrando solidariedade, ainda que não temos como medir a eficiência real do nosso consolo, #ForçaSidão é uma tentativa plausível. Usando também a internet tentamos remediar a situação desnecessária e cruel que por ela foi criada.

Erro de jogo, erro de dose de humor, erro de proporção, erro de transmissão, erro de escolha...
Tantos erros. Que todos reconheçam, reflitam e evitem.  Seria ainda pior se não tirássemos nenhum aprendizado deste lamentável episódio.

sexta-feira, maio 10, 2019

FORTALEZA CONQUISTA VAGA NA FINAL DO NORDESTÃO

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O Fortaleza venceu o Santa Cruz por 1x0 e está na final da Copa do Nordeste. Os dois tricolores reversaram bons momentos na partida, mas o time pernambucano acabou sendo castigado pela “cera”.

ROMARINHO E WELLINGTON PAULISTA COMEMORAM O GOL DA CLASSIFICAÇÃO 


Antes do jogo começar Rogério Ceni prometeu um Fortaleza ofensivo, e prometeu com ênfase: O MAIS OFENSIVO POSSÍVEL PARA HOJE. Com força máxima e o impulso da torcida no Castelão, a expectativa era grande. Porém o jogo começou morno, sem grandes chances para nenhuma das equipes. Como diríamos caso se tratasse de algum campeonato europeu, os times estavam se estudando.

Guilherme Queiroz assustou os donos da casa aos 31 minutos. O atacante arriscou de fora área e obrigou Boeck a fazer uma grande defesa. A melhor chance de um primeiro temposem grandes emoções, com o time visitante chegando com mais perigo e ganhando todas as segundas bolas. Este último detalhe se repetiu também na segunda etapa, mesmo quando a equipe encontrava dificuldade ou indisposição para criar, é preciso dar o mérito técnico a Leston Júnior, como também é indispensável lembrar da promessa de Rogério Ceni, no segundo tempo, ela se cumpriu!

O Fortaleza voltou com tudo! No primeiro minuto o goleiro do Santinha teve que se antecipar para evitar que Júnior Santos, que fora lançado por Edinho, desse à bola o rumo do gol. Aos 5, falta perigosa para Edinho cobrar, mas passe para atrás? Opa, não condene o rapaz, aos 7 em um ótimo contra-ataque ele serviria Dodô, que seria atrapalhado por Cesinha. Assim continuou, continuou... Aqui caberiam vários lances! O segundo tempo compensou o primeiro. O Santa ainda resistiu, aos 15 quase abriu o placar numa falha coletiva da defesa do time cearense. Mas não demorou a querer segurar o resultado... O relógio puniu!

O que já estava bom no Fortaleza, melhorou com a entrada de Marcinho e Romarinho. E o diminutivo dos nomes se contrapõe a importância de ambos na CLASSIFICAÇÃO. Marcinho deu mais velocidade ao time, e assistiu ao gol de Romarinho, que marcou o seu primeiro gol em 28 partidas pelo tricolor cearense.  32 minutos, 1x0 Fortaleza. A jogada foi trabalhada como vem sendo a temporada do leão. A promessa se cumpria.

Por preciosismo, cabe relatar que quatro minutos depois, por muito pouco Romarinho não marcou contra. O destino não estava tão cruel, no máximo brincalhão. A noite não foi de gala, porém, a classificação veio, e com ela, a chance de vencer um título inédito. O próximo e último adversário é o Botafogo-PB. As datas ainda não estão definidas, mas a torcida que carrega Ceni nos braços também implora para que ele acerte suas promessas antecipadamente com o elenco. Pelo bem do coração, comandante!


quinta-feira, abril 19, 2018

É PRECISO SABER SOFRER

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Ontem foi dia de confronto entre brasileiros e argentinos na Libertadores, o que, por si só, já agregava ao jogo “algo a mais”. Agora some a isso um time disposto a solidificar sua liderança e alicerçar a classificação para as oitavas de final da competição, e uma equipe que vacilou já na primeira rodada e precisava da vitória para voltar a sua condição de favoritismo. Estes eram, respectivamente, Corinthians e Independiente.

Só a vitória interessava ao time argentino, e eles entraram para vencer, nos primeiros 20 min foram donos de quase todos os ataques. O que eles não sabiam é que o adversário gostava de sofrer, ou pelo menos, de aparentar sofrimento. O Corinthians resolveu a hora e a forma de atacar. Chamou o Independiente para seu campo, até que eles se sentissem seguros de chegar, até que viessem todos e o time alvinegro pudesse aplicar os mais ousados contra-ataques. O primeiro tempo acabou 0x0, com um lado ciente que poderia se arriscar mais e o outro, de que um pouco mais de marcação e cautela nas saídas eram fundamentais.

E rola a bola para a segunda etapa do jogo. Diferentemente do Independiente, que colocou no jogo o meia Meza e o atacante Gigliotti, o Corinthians não fez substituições, o que não significa que não alterou sua forma de jogar. As equipes conseguiram deixar o jogo ainda mais elétrico. Foi lá e cá, emoções se revezavam para os dois lados. Não havia mais um time atacando e outro só saindo em contra-ataque, os dois atacavam e contra-atacavam. A partida tornou-se impagável.

Aos 35 min, numa jogada trabalhada, o Corinthians marca seu primeiro gol. O autor? Jadson, de cabeça. Aos 40, o Independiente empataria o jogo, se a arbitragem não tivesse visto irregularidade na posição de Silvio Romero. E ao final da partida, um gol de cabeça de um jogador de 1,68m, um erro de arbitragem determinante, e um jogo que não pode ser resumido por nenhuma das duas colocações anteriores. Um jogo disputado, bonito de se ver, que mexia com os sentidos de qualquer apreciador de futebol. Ao final da partida, restou principalmente o convite para a próxima. Dia 02 de março, né? 

quarta-feira, abril 18, 2018

LIBERTADORES: JOGOS DE ONTEM, CURIOSIDADES, PALPITES PARA HOJE

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quinta-feira, março 01, 2018

Brasileiros x Argentinos: os primeiros confrontos da fase de grupos da Libertadores

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Cruzeiro e Flamengo já entraram em campo, contra Racing e River, respectivamente. O Panorama das duas partidas e o contexto dos grupos 4 e 5, você agora.

Racing X Cruzeiro
Mesmo jogando fora de casa, a Raposa mostrou que não está para brincadeira. O placar, talvez até injusto, não mostra precisamente o quão equilibrado foi o jogo. Ouso a dizer, a melhor partida dentre as disputadas por times brasileiros na competição até o momento.
O Cruzeiro entrou desfalcado, sem Fábio que acabara de perder o pai. Aos 13 min do primeiro tempo, Fred sentiu dores na panturrilha direita, o que não chegou a ser um grande problema, já que Rafael Sóbis entrou, e entrou bem no jogo. A bronca do torcedor com o Mano ficou por conta da demora em colocar em campo uma das principais peças do time: Thiago Neves.
A partida foi bastante movimentada, o time da casa saiu na frente com Martínez e logo o Cruzeiro empatou com Arrascaeta. Mas era dia do atacante argentino, o garoto de apenas 20 anos marcou mais duas vezes. Robinho ainda deu à torcida celeste a esperança do empate, numa cobrança de falta milimétrica. No entanto, Solari alargou novamente a vantagem para o Rancig aos 31 do segundo tempo. 4x2 e um jogo de dois times grandes, que em nenhum momento deixaram de jogar de igual pra igual.
O time mineiro não se entregou, mostrou sua força e organização, ingredientes preciosos para a mistura ideal da competição. Neste momento, mais do que o Cruzeiro, Vasco e Universidade do Chile devem ficar atentos, pois conseguir uma vaga no grupo 5 não vai ser nada fácil.



Flamengo X River Plate
Os integrantes do grupo 4 sabem também que não terão vida fácil. Considerado por muitos o grupo da morte, tem como participantes: Emelec, Flamengo, River Plate e Santa Fé. Contudo, a primeira partida não supriu as expectativas.
Flamengo e River Plate empataram em 2x2 ontem no Engenhão. Todos os gols da partida foram marcados no segundo tempo. A primeira etapa foi morna, os dois times reversaram a posse de bola, sem criar boas oportunidades de gol, poucas finalizações e pouca emoção. Mas no segundo tempo, Henrique Dourado converteu o pênalti em gol e abriu o placar. O River reagiu rápido, 2 min depois Rodrigo Mora empatou. O rubro-negro abriu vantagem novamente com Éverton, e, novamente, cedeu ao empate, no finalzinho do jogo, aos 41 min, Mayada deixou tudo igual.
Vamos às polêmicas. No final primeiro tempo o Flamengo reclamou de um pênalti, após ser cabeceada por Réver, a bola tocou no braço (que estava levantado) de Zuculini, porém o juiz não deu. O gol de empate do visitante não rendeu tantas reclamações em campo, mas na TV a imagem foi clara, Mora estava impedido. É fato que estava no meio (nas extremidades havia mais jogadores também em condição irregular), uma posição não tão visível para o bandeirinha, entretanto, estava impedido! O segundo gol do Flamengo também gerou dúvida em relação à posição regular (ou não) de Éverton, um lance bem mais complicado de se interpretar do que o outro, a perna do último defensor da equipe argentina parece dar condição.
Mais do que pensar nos erros da arbitragem, o Flamengo precisa colocar a cabeça no lugar e a bola no chão. É preciso que jogue nas próximas partidas o que não conseguiu ontem. O empate foi mais vantajoso para o adversário, que por duas vezes esteve atrás no placar, e que fora de casa, conquistou um ponto. Hoje Santa Fé e Emelec se enfrentam e é importante que todos fiquem de olhos abertos. Talvez, com a primeira rodada concluída, possamos dizer quem são os favoritos do grupo, talvez não, porque outro ingrediente precioso da Libertadores é a “reviravolta”.



domingo, fevereiro 25, 2018

Clássico Paulista: A polêmica diz pouco sobre o jogo, mas tem sua relevância

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No momento da polêmica o Corinthians já vencia o jogo, mas apenas por 1x0. Era a chance de ampliar o placar, mas não o fez. O segundo gol alvinegro foi fruto de outro pênalti, de outro lance. Por que então os jogadores palmeirenses saíram tão inconformados?

Jailson fez o seu protesto salientando o risco: “sei que posso ser punido”. Um desabafo tão necessário e inevitável que rompe a barreira do temor de uma penalidade, o jogador fez o que manda o sangue quente depois de um clássico, e fez sem excessos. Dudu também reclamou, Michel Bastos tentou fugir da polêmica, mas não conseguiu. Polêmica essa que se deu não pela existência (ou não) do contato, e sim pela demora. Por que o árbitro deixou o lance seguir por tanto tempo?
Imagem do Globo Esporte, disponível em: https://globoesporte.globo.com/futebol/times/palmeiras/noticia/dudu-e-jailson-detonam-passaram-a-mao-de-novo-na-gente-aqui.ghtml


A polêmica foi tanta que o árbitro cedeu coletiva algumas horas após da partida. Afirmou que não houve orientação do quarto árbitro para aplicar a penalidade, apenas tinha ficado em dúvida do contato no momento do lance, e depois, ao ver a perna de Renê Junior machucada, puniu o goleiro alviverde por excesso de força.

A atitude do árbitro acompanhada de seu depoimento é compreensível e até aceitável para quem está de fora do acontecido, como diz o ditado popular, “quem vê de fora, vê melhor”. A questão é que o torcedor, esteja no estádio ou não, nunca está de fora! Porque futebol e paixão são indissociáveis, e ninguém gosta de ver quem ama ser injustiçado, sem conseguir defendê-lo com unhas e dentes.

Talvez também o pós-clássico não fosse o mesmo sem esta polêmica. Talvez dizeres como “o choro é livre” não teriam a mesma força. O fato é que o erro faz parte do futebol e promove discussões imensas, no entanto, a polêmica de ontem foi causada pelo medo de errar, pela precaução de conferir de perto, pela demora que demandou entender o contato entre os dois jogadores.

O problema é que às vezes ninguém está certo e às vezes ninguém está errado, o problema é que ora buscamos e defendemos formas de deixar o futebol mais limpo, ora tememos sua mecanização, o problema é que o torcedor nunca estará “de fora”, e o problema é que isso é também a solução e a essência da coisa. Se houvesse árbitro de vídeo, o lance deveria ter sido parado ali para interpretação, certo? Certo, porque pênalti não permite "lei da vantagem". Mas de certo haveria outra questão discutível, senão não seria futebol.