ROGÉRIO CENI E UM TRICOLOR, É A RECEITA DO SUCESSO?



No São Paulo ele foi campeão de tudo. Não, não é exagero. Na história de Rogério Ceni com o São Paulo Futebol Clube não há espaço para “quase”. Tricampeão paulista, tricampeão Brasileiro, bicampeão da Libertadores da América e do Mundial de Clubes. Ainda cabem nessa lista duas Recopas, o Torneio Rio-São Paulo de 2001, a Copa Sul-Americana de 2012... Tá, você entendeu, né? Também é válido salientar o papel de liderança, a relação de respeito com a torcida e o posto de goleiro artilheiro, com direito a record mundial, 132 gols. Tudo isso fez dele ídolo do tricolor paulista. Fez de ROGÉRIO CENI, O MITO.

Mas toda história, por mais feliz e romântica que seja, tem suas páginas de luta, sem muitas alegrias... Foi no tricolor paulista o primeiro trabalho de Ceni como técnico. Assinou em dezembro de 2016 e estreou em janeiro de 2017. Logo conquistou o primeiro título como técnico, o Torneio Flórida Cup, amistoso de início de temporada, nada tão grandioso para o clube ou para ele próprio. Em julho do mesmo ano se encerraria o vínculo, sem glórias maiores, contudo, sem qualquer ameaça de mácula a sua imagem como ídolo. Em novembro do mesmo ano assinou com Fortaleza por um ano. E ali começavam páginas mais promissoras da nova fase. 

Em menos de um ano e meio à frente do tricolor cearense, campeão da série B, campeão do estadual, campeão do regional. Campeão da Copa do Nordeste! O maior torneio regional do país. Título inédito diante de um adversário aguerrido. Dono da melhor campanha, o Botafogo-PB chegou na final invicto. Por sua vez, o Fortaleza só tinha uma derrota, justamente para Belo, na terceira rodada da fase de grupos. Então o Leão pagou em dobro, devolveu duas vitórias de igual placar, mas na final. ERGUEU A TAÇA E SOLTOU PELA PRIMEIRA VEZ O GRITO DE CAMPEÃO DO NORDESTE.

Wellington Paulista fez os gols dos dois jogos, mas seria injusto atribuir o triunfo a ele. Boeck fechou o gol, Marcinho e Romarinho foram decisivos na semi. Isso sem falar nas boas partidas de Osvaldo, Edinho, Dodô... Foi uma conquista do grupo. De um grupo corajoso, que não entra em campo para empatar, de um grupo bem orientado, que faz rodízio de jogadores, mas sabe equilibrar as competições. O que mais me admira na postura de Rogério Ceni como técnico é justamente a coragem. Como ele mesmo disse antes do jogo contra o Santa Cruz, armando os times mais ofensivos possíveis. Um ex-goleiro que acredita e prova com sua proposta em campo que a melhor defesa é um meio de campo bem articulado com o ataque.

E para quem apostou antes mesmo do Brasileirão começar que o Fortaleza iria cair, cuidado. Agora ROGÉRIO CENI é a marca de outro TRICOLOR.



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