IMAGEM DA ASSESSORIA DE IMPRENSA DA CBF |
A seleção feminina do Brasil
conheceu sua primeira derrota na Copa do Mundo. De virada, perdeu para a
Austrália por 3x2. Após a partida, a revolta com o árbitro de vídeo foi grande
por parte das jogadoras e da comissão, Marta chegou a afirmar que “quebraria o
VAR”. A pergunta que fica diante dos acontecidos até aqui: é mesmo para tudo
isso?
O Brasil não começou a Copa como favorito, não
se tornou favorito ao vencer a estreante Jamaica e não é favorito hoje. Talvez
a vitória por 3x0 tenha dado um pouco de ânimo a torcida, mas não dá para negar
que tecnicamente era o adversário mais frágil do grupo. Mas ao ver outras
equipes como França e Estados Unidos, somos obrigados a reconhecer que falta
mundo para apresentarmos um futebol deste nível.
Hoje as brasileiras
surpreenderam no primeiro tempo. Mesmo não tendo a posse de bola, tiveram mais
chances de gols e fizeram o principal: converteram mais chances em gols. O
pênalti dessa vez foi convertido com a categoria da melhor do mundo, que se
igualou ao alemão Klose como maior artilheira de Copas do Mundo. Cristiane,
forte candidata à artilharia da competição, de cabeça marcou o seu. Já nos
acréscimos tomou um gol que colocaria à prova o psicológico da equipe para os
últimos 45 minutos.
Marta e Formiga voltaram do intervalo
direto para o banco, duas substituições compreensíveis, por questões físicas.
Logo aos 12 min o Brasil viu a Austrália empatar o jogo com a meia Logarzo. Uma
bola defensável que cruzou a linha do gol e fez as australianas lutarem
ferozmente pela vitória. A partir daí o jogo foi delas. A virada veio num gol
contra, e é preciso reconhecer que a atacante Kerr estava em posição de
impedimento, mas não interferiu no lance, como também é justo reivindicar o
pênalti não marcado a favor do Brasil no final do jogo.
O problema é que o saldo final
do jogo não pode ser “Andressa foi puxada”, por mais que tal fato tenha sido
tão claro. O Brasil não soube administrar a vitória parcial, sentiu muito a
ausência de Marta, Formiga e Cristiane, sentiu mais do que deveria. Essa
dependência não deveria ser tão extrema, a qualidade e experiência dos
medalhões deve ser unida ao vigor e também à qualidade das mais novas. Enquanto
a relação não se equilibra, não tem como haver estabilidade de desempenho.
Então o Brasil não pode ganhar
a Copa? Pode! Mas terá que surpreender, jogo após jogo. E com essa derrota, na primeira fase,
precisará contar com uma combinação de resultados que o ajude. Um pouco de
sorte, e MAIS um pouco de FUTEBOL.
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