É PRECISO SABER SOFRER



Ontem foi dia de confronto entre brasileiros e argentinos na Libertadores, o que, por si só, já agregava ao jogo “algo a mais”. Agora some a isso um time disposto a solidificar sua liderança e alicerçar a classificação para as oitavas de final da competição, e uma equipe que vacilou já na primeira rodada e precisava da vitória para voltar a sua condição de favoritismo. Estes eram, respectivamente, Corinthians e Independiente.

Só a vitória interessava ao time argentino, e eles entraram para vencer, nos primeiros 20 min foram donos de quase todos os ataques. O que eles não sabiam é que o adversário gostava de sofrer, ou pelo menos, de aparentar sofrimento. O Corinthians resolveu a hora e a forma de atacar. Chamou o Independiente para seu campo, até que eles se sentissem seguros de chegar, até que viessem todos e o time alvinegro pudesse aplicar os mais ousados contra-ataques. O primeiro tempo acabou 0x0, com um lado ciente que poderia se arriscar mais e o outro, de que um pouco mais de marcação e cautela nas saídas eram fundamentais.

E rola a bola para a segunda etapa do jogo. Diferentemente do Independiente, que colocou no jogo o meia Meza e o atacante Gigliotti, o Corinthians não fez substituições, o que não significa que não alterou sua forma de jogar. As equipes conseguiram deixar o jogo ainda mais elétrico. Foi lá e cá, emoções se revezavam para os dois lados. Não havia mais um time atacando e outro só saindo em contra-ataque, os dois atacavam e contra-atacavam. A partida tornou-se impagável.

Aos 35 min, numa jogada trabalhada, o Corinthians marca seu primeiro gol. O autor? Jadson, de cabeça. Aos 40, o Independiente empataria o jogo, se a arbitragem não tivesse visto irregularidade na posição de Silvio Romero. E ao final da partida, um gol de cabeça de um jogador de 1,68m, um erro de arbitragem determinante, e um jogo que não pode ser resumido por nenhuma das duas colocações anteriores. Um jogo disputado, bonito de se ver, que mexia com os sentidos de qualquer apreciador de futebol. Ao final da partida, restou principalmente o convite para a próxima. Dia 02 de março, né? 

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